terça-feira, 10 de junho de 2008

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 7º e último Capítulo

..."De um momento para outro, desligou impulsivamente a torneira e sem sentir frio, ficou preso à banheira por uma simples preocupação: a responsabilidade que tinha em continuar a missão do pai e em ser tão profissional e assíduo como ele. Só que já era tarde. A palavra tinha ganho e, apenas alguns segundos depois, levantou-se, pediu-lhe desculpa e disse-lhe que tinha de ir. Sem se enxugar, vestiu as calças de ganga e a camisa que tinha deixado por arrumar em cima da cama, pegou no casaco mais quente que tinha, desligou a luz do quarto, despediu-se do Sansão com um passar de dedos apressado pelo seu focinho prognata e entrou na sala de musica sem bater, com um ar ofegante e de quem não podia parar para não olhar para trás e arrepender-se.
- O que é que se passa, campeão? - Perguntou o avô Santos, fechando calmamente o livro e baixando a musica com o comando da aparelhagem.
- Avô, eu vou ter com ela. - Disse-lhe, com a respiração tão incerta como ele, totalmente desalinhada dos parâmetros normais, o que evidenciava um acentuado nervosismo.
- Já não era sem tempo. Senta-te aqui um minuto. Qual é a tua preocupação?
O Diogo concordou em sentar-se e responder à pergunta, apesar de preocupado com as horas, pois pusera uma única condição à sua decisão: a de tentar chegar a horas de trabalhar no dia seguinte.
- Não quero desiludir o meu pai, nem falhar na nossa missão.
- Escuta uma coisa. Essa pressão que estás a fazer sobre ti é totalmente desnecessária. A missão do teu pai nunca foi a de curar pessoas. Foi a de amar pessoas e por isso é que as curava. E é isso que tu vais fazer. Vais amar.
- Achas que ele me perdoa se eu chegar atrasado amanhã?
- Tenho a certeza que sim. Estamos todos a torcer para que te encontres com o Amor.
- Já o encontrei. Agora, só vou vê-lo. Obrigado avô, as tuas palavras são sempre tão importantes para mim. Até amanhã. - Despediu-se, muito mais calmo, levantando-se de seguida em direcção à porta da rua.
- Espera. - Disse o avô Santos, ainda a tempo de o ter dentro da sala.
- O que foi?
- Não podes ir ter com ela, sem levares...
- ...flores. Eu sei. Ainda são seis da tarde e vou passar agora por um centro comercial e comprar-lhe. - Interrompeu-o, sorrindo, certo de ter lido os seus pensamentos.
- Não me refiro a flores. Lembras-te de qual foi a nossa primeira conversa, depois de ela te ter telefonado pela primeira vez?
- Sim, perfeitamente. Falámos sobre a pulseira amarela."...

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 6º Capítulo

..."O avô Santos sentiu que tinha sido suficientemente esclarecedor e que o neto, mais tarde ou mais cedo, acabaria por entender a mensagem e colaborar com ele. Por seu lado, o Diogo não precisou de mais que duas passagens do pente pelo cabelo fino do avô para declarar a sua sentença: - Conseguiste convencer-me. Tenho muita sorte em ter-te ao meu lado. - Disse-lhe, sem falsa imodéstia. -- Eu também te devo muito, campeão. Não te lembras, mas quando ficámos só os dois, na companhia do Meia-leca, ensinaste-me com a tua naturalidade a apreciar a vida pelo simples facto de estar vivo. E esse momento em que aprendi a reconhecer o privilégio de conseguir respirar, fez-me perceber, na altura, que na verdade era muito mais pequenino que tu. Quero que saibas que, apesar de falar muito ,tenho crescido imenso ao teu lado. - Bom, já que estamos num momento de abrir os corações, também quero que fiques a saber que a educação que me tens dado faz-me esquecer, por fases muito longas de tempo, da inexistência dos meus pais e que isso representa para mim um enorme alivio. Tens sido insuperável e um verdadeiro mestre para mim. És muito mais que um avô. O Diogo acabara de fazer o maior reconhecimento que o avô Santos alguma vez desejara que saísse da sua boca e, inconscientemente, acabou por tornar aquele momento num dos mais emotivos da já longa vida do seu avô. As lágrimas sexagenárias que lhe escorreram da cara no instante seguinte foram tão doces, que ao mesmo tempo que deixavam os ombros do neto, finalmente levantado da retrete, em estado glaccé por causa do abraço, também adocicavam a manhã, certamente menos brilhante se nascesse numa outra casa que estivesse sob o mesmo contexto. O reconhecimento da sua utilidade nas palavras do neto era não só merecido, como também suficientemente entusiasmante para voltar a ter vontade dos domingos de “Celebração”. - Hoje à noite acendemos a lareira e conto-te mais uma história. - Disse-lhe, efusivamente, enquanto enxugava a ultima lágrima. - Vou dizer-te uma coisa que nunca te disse, Amo-te. - Confessou-lhe, num profundo tom reverencial. - Eu também te amo, campeão."...

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 5º Capítulo

..."- A verdadeira ascensão do homem começa no momento em que ele percebe que tudo o que procurou nos outros, durante anos e vidas, se encontra dentro dele. O alimento e o reconhecimento, a compaixão e o perdão, mas acima de tudo o Amor. Todos nós somos ou já fomos vampiros esfomeados, capazes de planear ataques perfeitos inconscientemente. Todos nós já nos alimentámos de pessoas, provámos o sangue das suas almas e sugámos a sua energia. E tudo isto para quê? Para que elas nos possam reconhecer, para que possamos ouvir diariamente o que precisamos mas não temos onde, nem como encontrar dentro de nós. Para que elas nos digam aquilo que queremos ser e alimentem o nosso ego. Esta prática, necrófaga, é recorrente em todos os seres humanos em não ascensão. Todos nós já procurámos nos outros, os seus braços de compaixão para nos ampararem e nos darem “cólinho”. Todos nós já nos refugiámos em suas casas, abusando do seu espaço, porque não conseguimos estar sozinhos na nossa e enfrentar, e desculpa a expressão, o boi pelos cornos. Todos nós já precisámos deles porque em determinadas altura da vida fomos uns coitadinhos e a vitimização ainda é o melhor caminho para termos direito à atenção alheia. E tudo isto para quê? Para que nos possam perdoar, para que nos possam entender e proteger com festinhas e cafunés que, na maioria das vezes, nem lhes apetece dar, mas como é amigo tem de ser, e a partir daí consigamos abrir, novamente, os olhos e seguir com a nossa vida. Esta é, também, uma prática recorrente em todos os seres humanos em não ascensão. Por ultimo, todos nós já exigimos que os outros nos amassem para que nos pudéssemos sentir amados. Já quisemos que a nossa companheira, o nosso amigo ou o nosso familiar estivesse disponível a dar os cem porcento dele mais os cinquenta porcento que faltavam de nós, quando na realidade isso não é possível pois nenhum todo é superior a cem porcento e o pior é que muitos ainda têm e tiveram o descabimento e a coragem demente de cobrar e dizer: “não sou feliz contigo porque não me dás o que preciso”. Este comportamento egoísta, sofre de uma patologia infecto-contagiosa, pois com o passar do tempo acaba por trazer à pessoa com quem nos relacionamos todas as frustrações interiores que guardamos cá dentro, resultantes de um passado mal dirigido, e adulterar para sempre a sua autoconfiança, auto-estima e felicidade. Esta doença, caracteriza de igual forma todos os seres humanos em não ascensão. Obviamente, que o Diogo se conseguiu identificar com alguns daqueles sintomas e quando estava a tentar organizar as ideias e separar dentro dele o que afinal ainda lhe faltava, eis que o avô Santos retoma a conversa, propositadamente, não lhe dando tempo nem espaço para seguir em diante e sublinhando a frase que, na sua opinião, mais interessava ao seu neto ouvir: - A verdadeira ascensão do homem começa no momento em que ele percebe que tudo o que procurou nos outros, durante anos e vidas, se encontra dentro dele. E não há ascensão sem um caminho. E não há um bom caminho, se não o fizermos sozinhos. Se custa? Custa. Se dói? Dói. Se é sofrível? Por vezes. Se é vital? É. Se vale a pena? Sempre. Eu sei que já estás no teu caminho, sei que já te custou e já te doeu, mas também sei que já percebeste que é vital e que ainda não descobriste que vale a pena porque te apedrejaram recentemente no coração."...

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 4º Capítulo

..."- O que se passa nos dias de hoje é uma hipocrisia desmedida, onde já nem a religião, nem o nascimento de Jesus Cristo é levado em linha de conta. Os centros comerciais enchem, as lojas alongam-se por filas intermináveis, os produtos esgotam-se e entristecem as pessoas que ainda se culpam por terem chegado tarde. O Natal está amaldiçoado. É suposto ser uma época de Amor, paz, fraternidade e solidariedade entre os homens onde se promove a reunião da família e não uma correria ansiosa contra o tempo e contra o ordenado. Existem valores acima das prendas e esses, parece-me a mim, foram esquecidos. O Diogo nunca tinha pensado daquela maneira, pois os únicos valores a que dava importância no Natal eram o das prendas, mas rapidamente se entrosou na linha de pensamento do avô e cheio vontade de, também ele, contribuir para a conversa perguntou-lhe:
- Então o que é que se pode fazer avô? - Na minha opinião, deve fazer-se o que estamos aqui a fazer hoje. Sem expectativas nem falsas formas de agradar. E era bom se começássemos a explicar às crianças, que o Pai Natal é todo aquele que ajuda e proporciona bem estar ao ser humano e que as prendas, que devem existir apenas na forma sincera de dar sem esperar receber, são meros bafos de Amor de quem as oferece. Poupariamos-lhes a decepção de terem de desmontar uma personagem que foi construída para lhes fantasiar a cabeça, mas que com o passar dos anos auto destrói-se e adoece-lhes a cabeça quando crescidos.
- Natal é todos os dias. - Disse a Dona Maria Antónia, referindo-se a um cliché que já existia desde o seu tempo.
- Tem toda a razão. E se pensássemos todos assim não cairíamos nesta farsa materialista a que todos chegámos. Esta noite é uma tentativa de sermos diferentes e o meu maior desejo é que o consigamos e sintamos orgulho em assumi-lo perante todos aqueles que nos perguntarem como correu a noite. O Natal, como já disse, é Amor, paz, fraternidade e solidariedade mas será que só devemos amar, buscar a paz, ser fraternos e solidários nesta noite? E o dia 24 de Fevereiro, 15 de Março,12 de Setembro, 2 de Outubro? O que é que devemos fazer neste dias? Ser rancorosos, desequilibrados, egoístas e invejosos? As perguntas ficaram no ar apesar de cada um se aprontar a responder para si próprio. Estavam todos deliciados com a força daquela mensagem e tudo o que fizeram foi cerrar os dentes e assentir com a cabeça como se lhes tivesse sido confidenciada a maior verdade da vida. Porém, o avô Santos ainda não tinha acabado:
- Está na altura de abrirmos os olhos, mas principalmente o coração. Diariamente devemos ser o Pai Natal que sorri para o triste, que abraça o perdido, que aquece o despido, que serena o desesperado e que alimenta o esfomeado. Todos os dias devemos distribuir prendas do nosso coração porque ninguém chega até nós por acaso. Tudo tem um propósito. Este é o Pai Natal que, realmente, deve existir, mas ou está escondido dentro de nós com vergonha das nossas atitudes ou então, foi raptado e está encalhado numa qualquer chaminé entupida da nossa mente. Depois de partilhar um silêncio necessário, que já nem a chuva miudinha importunava, com o neto, o melhor amigo e a sua mãe, o avô santos olhou para o relógio e viu que faltavam menos de quinze minutos para a meia-noite e por isso apressou-se a convocá-los para um desafio com validade de um ano e que terminaria no Natal seguinte:
- E se tirássemos o disfarce que ostentamos o ano inteiro e voltássemos a acreditar em nós, como pessoas capazes de distribuir Amor e sorrisos por todos, sem diferenciar ninguém? E se prolongássemos a estadia do Pai Natal que existe em nós e aprendêssemos com ele a arte de proporcionar felicidade e magia? E se fossemos altruístas e humildes como ele e nos deixássemos afogar na sua fraternidade e solidariedade? E se lutássemos com ele e não contra ele por um Mundo melhor? O Mundo só acaba quando a ultima réstia de Amor for derrotada, por isso, proponho-vos que durante um ano caminhemos com esse senhor gordo e bonacheirão, de barba branca e roupa vermelha e de saco ás costas possamos distribuir presentes tão valiosos como sorrisos e abraços, cobertores e comida. Não se esqueçam que diariamente alguém precisa de nós e um obrigado silencioso é muito mais intenso porque, simplesmente, não existem palavras para agradecer o nosso gesto. Já existem, concerteza, milhares destes Pais Natal e não interessa as suas origens, formas e feitios porque uns vêm certamente do frio mas outros vêm do calor, uns são magros e outros são gordos, uns vêm de longe e outros estão mesmo ao nosso lado. O Mundo inteiro precisa que libertemos o nosso Pai Natal, porque o Mundo inteiro precisa do nosso Amor."...

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 3º Capítulo

..."O relógio, indiferente e pontual, não parou um único segundo apesar das suas vidas estarem prestes a ter um colapso que ia ganhando contornos de tragédia a cada minuto que passava. Deitados, sobre a areia que tantas vezes se colara aos seus corpos suados e por baixo do mesmo Sol que tantas horas os acolhera e mantivera quentes nas muitas maratonas de beijos passadas na água, mantiveram-se calados, sob o olhar terno dos amigos que não sabiam o que dizer, nem o que fazer. Uma tristeza profunda e avassaladora, esmagava também o coração de todos aqueles, que durante mais de uma semana, tinham tido a oportunidade de conhecer e ver aqueles dois, num constante corrupio, misto de fartura e calmia, que lhes tinha dado a eles próprios, voyeurs da maior experiência do Mundo, a esperança de que o Amor, afinal, existia mesmo. A Praia da Poça, estava prestes a eternizar-se nos seus dois corações partidos, como o único local onde tinham vivido incondicionalmente felizes, apesar de ser também ela, o palco rectangular do maior sufoco que estavam prestes a experimentar. Sobre aquela areia, estavam presentes as forças antagónicas e inconjugáveis, de um maligno oito acabado de nascer e de um oitenta capaz de arrebentar com a escala do bem. Incontornavelmente, todos, inclusive eles próprios, sabiam que o primeiro levaria a melhor e essa tomada de consciência pelos dois, fez com que uns minutos antes da hora certa da boleia e sem avisar o outro, começassem a chorar num abraço soluçante, expressando definitivamente o que lhes ia na alma sem vergonhas, nem falsos exageros. O facto de serem cúmplices e mesmo assim não terem a força suficiente, para juntos, conseguirem mudar a realidade, aumentava-lhes ainda mais a dor e esganava, de uma forma quase sangrenta, as suas gargantas inocentes e cansadas de soluçar. Repetiram o “eu amo-te” e o “te amo” mais vezes do que alguma vez puderam pensar em dizer durante uma vida inteira e no momento em que estavam abraçados até à alma, a traição aguardada consumou-se, num golpe quase fatal vindo da estrada, dado pela buzina dilacerante do mesmo automóvel preto, qual carro funerário, que os esventrou, esvaziou e estava prestes a separar para sempre."...

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 2º Capítulo

..."O meu desejo é que voltes para de onde vieste porque preciso de ti no céu para me adormecer nestas minhas ultimas noites, para me guiar quando partir para aí na viagem que marquei, mesmo antes de nascer, e que apenas aguardo confirmação do voo. A idade avança, o corpo definha mas a minha alma está maior que nunca. Sinto-a a desprender-se mais e mais a cada noite que passa. Já nada me resta aqui senão a paciência e a certeza que vou deixar o pó do meu corpo entranhar-se com o pó da única terra que amei em toda a minha longa e linda vida, perto dos animais que já percebo e por baixo das plantas perfumadas que aprendi a respeitar. Quando largar este velho disfarce, quero reencontrar-te lá em cima, quero falar contigo e agradecer o teu Amor por nós e por mim. Este pedido é a minha forma de te amar, porque entendo que mereces a vida e porque gostava de ser como tu, não ter asas e poder voar e ter o céu como fundo.
Enquanto a minha alma não desata todos os nós que a vinculam ao meu corpo, tu és a luz que me acende a noite e seduz. Preciso de ti como da minha fé, por isso e por favor, volta para casa e brilha para mim quando chegares para saber que chegaste bem. O teu céu é o meu próximo destino."...

in "OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - 1º Capítulo

..."Ele baixou-lhe as alças do vestido e pela primeira vez pode apaixonar-se pelos seus seios. Estavam arrepiados como os seus e contra os seus agitaram-se numa fricção angustiante de tão boa. Apeteceu-lhes chorar e nunca souberam se chegaram a fazê-lo ou se eram apenas gotas de um final de noite de Fevereiro. O longo casaco cinza que ele levava vestido já estava emerso no chão confundindo-se com o cinzento escuro da pedra, a camisa preta já tinha menos três botões, no seu peito já estavam cravadas três unhadas no sentido descendente que com o passar dos segundos iam ganhando uma cor vermelha e as calças há muito que andavam perdidas pelos joelhos. A chuva continuava a cair, sem piedade, sobre os dois e o peso da roupa era substituído aos poucos pelo peso dos cabelos molhados, já sem forma nem corte. As cuecas, puxadas pelo quase desespero, foram-lhe rasgadas pela anca deixando-lhe a pele a queimar mas, por apenas breves instantes, pois a água do céu apressou-se a apagar o pequeno incêndio e, involuntariamente, levou-as na corrente que se apressava aos seus pés. Ela deu-lhe uma perna, ele apanhou-lhe a outra e subiu-a pelo rabo. Encostou-a ao pilar e de costas para o jardim, entrou no seu intimo com a sua intimidade aguçada. Não tinham protecção mas também não havia razões para se defenderem. Não houve atrito. Não houve conflito. Mais uma vez os moldes eram perfeitos. A chuva já não conseguia molhar mais e mesmo assim, não era tão molhada como o prazer molhado que lhe envolvia o pénis entre aquelas duas paredes"...

segunda-feira, 9 de junho de 2008

"OS LAÇOS QUE NOS UNEM" - APRESENTAÇÃO

Pretendo com este Blogue, dar a conhecer o meu segundo romance intitulado "Os laços que nos unem".

Como acredito que nenhum homem consegue, sozinho, mudar mentalidades mas pode começar, peço o vosso apoio, para juntos, implantarmos o Amor na nossa própria vida e na daqueles que nos rodeiam.

Quantos de nós já deixámos de amar por vivermos com bloqueios do nosso passado?
Quantos de nós já deixámos de amar por vivermos com preconceitos no presente?
Quantos de nós já deixámos de amar por vivermos com medo do futuro?
Acredito, com todo o coração, que quem ler este livro do princípio ao fim vai voltar a acreditar no Amor.

Através deste livro, Gustavo Santos confirma-nos a tese de que o Amor, afinal, não é só uma meta – é sobretudo um caminho que todos, homens e mulheres – temos de percorrer, independentemente da idade do primeiro passo.
"Fernanda Freitas", jornalista

O Gustavo tem uma escrita limpa, envolvente. Aproxima as palavras como se fossem laços que se unem. Um livro repleto de aplausos. Um encontro de paz.
"Tânia Ribas de Oliveira", apresentadora de televisão

SINOPSE
A infância de Diogo parecia quase perfeita, mas o destino é um sábio mestre que insiste em colocar-nos à prova, obrigando-nos a amadurecer.
Naquele ano em que perdeu os pais, a mágoa e a dor apoderaram-se dos seus olhos.
O avô Santos, com as feridas causadas pela morte do filho, da nora e da mulher que o acompanhou toda a vida ainda por sarar, tem de arranjar forças para criar aquele menino, e juntos procurarão começar de novo.
É com grande sabedoria que este avô, ensina ao neto os prazeres da vida, mas também as suas privações.


SOBRE GUSTAVO SANTOS
Nascido a 27 de Maio de 1977, Gustavo Santos, indiferente ao que lhe era exigido pelos padrões normais da sociedade e pela família, abdicou do curso superior de Educação Física e Desporto a apenas seis meses de o completar e foi em busca da sua felicidade. A dança. Bailarino profissional durante vários anos com o grupo Hexa, viria a alcançar o sonho de uma vida ao consagrar-se campeão do Mundo de Hip-Hop no ano de 2001, em Los Angeles.
Hoje podemos vê-lo em inúmeros projectos televisivos de ficção nacional - Chiquititas, Resistirei, Vingança ou Floribella - onde pode continuar a afirmar que só faz o que ama. E por falar em Amor, é digno confessar-se que algo mais importante que tudo o resto, lhe atravessa a vida desde tenra idade: a palavra. Inseparável de uma caneta, papel e de uma vontade de viver, orgulha-se por poder acreditar que um dia viverá apenas para os seus livros, pois nada o deixa tão realizado e preenchido como a possibilidade de contribuir com o que escreve para o bem estar de quem o lê.

Paz!!

O autor,
Gustavo Santos